No ano em que o mundo consagrou a morna, Cabo Verde abriu as fronteiras aos turistas estrangeiros, privatizou a companhia aérea, entregando-a a investidores islandeses e deixou os transportes marítimos nas mãos da empresa liderada pela portuguesa Transinsular.
Aconteceram ultimamente alguns eventos no setor marítimo nacional e que têm a ver com a denuncia sobre inoperacionalidade dos faróis em Santiago e das condições logísticas para as pescas e conservação do pescado, a reunião sobre a economia do azul/preparação de programas para financiamento pela FAO de projetos concernentes ao crescimento da economia azul, apresentação de áreas de intervenção de instituições espanholas ligadas ao fórum do mar Vigo-Espanha, o conselho do Ministério da Economia Marítima com enfoque no setor das pescas etc.
A Cabo Verde Interilhas já efectuou 530 ligações e transportou 71 mil passageiros nas cinco semanas da sua entrada em funcionamento, informou a empresa, mostrando-se “confiante” no seu percurso.
O Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), na oposição, acusou hoje o Governo de falta de transparência e "inconsistência" por dar aval à nova concessionária do transporte marítimo para um empréstimo bancário de 4,6 milhões de euros.
A Cabo Verde Interilhas já fez, nos primeiros 10 dias da sua entrada em funcionamento, um total de 120 ligações e transportou 21.390 passageiros, dos quais 14.799 na ligação para Santo Antão, conforme dados avançados pela empresa.
O vice-primeiro ministro e ministro das Finanças garantiu esta segunda-feira, 22 de julho, que o Governo não teve qualquer interferência para eliminar ou beneficiar concorrentes no processo do concurso de transportes marítimos inter-ilhas, apontando ser “má fé” qualquer posição neste sentido.
O agrupamento Palm Shipping Lines, S.A e a Tschudi Ship Management (TSM) recorreu da decisão da ARAP de excluí-lo do concurso de concessão do Serviço Público de Transporte Marítimo de Passageiros e Carga a privados com base no argumento de falta de condições financeiras e económicas. A queixa é também contra a vencedora do concurso, a Transinsular, e demais concorrentes, assim como a Unidade de Acompanhamento do Sector Empresarial do Estado (UASE), do Ministério das Finanças.